sábado, 8 de setembro de 2007

A MATRIZ que nos pariu!

Procurando no Dicionário podemos ler que matriz s. f. (do latim matrice) é "Víscera em que se efectua a concepção; o mesmo que madre e útero. Lugar onde alguma coisa se gera" ou então "adj. 2 gén. Primordial, principal. Que é fonte ou origem..." patatipatatá.

O Papa pede que não esqueçamos a nossa matriz cristã quando pensarmos nessa coisa informe a que chamamos Europa. (Ele queria dizer matriz católica mas também não tem lata para tanto).
Outros há que gemem entre dentes que a NET está a matar rapidamente a nossa matriz cultural Ocidental (seja lá isso o que for).
Fala-se da célebre matriz judaico-cristã ou, mais timidamente, da matriz clássica do nosso modo de pensar o mundo.
Afinal de contas haverá alguma matriz específica, eterna e imutável, à qual possamos limpar o pó para colocarmos no altarzinho da nossa civilização? Uma víscera aconchegante da qual tenha brotado o protótipo do cidadão europeu?

A MUMIA pensa que toda esta conversa não é mais que simples folclore para entreter papalvos que não tenham mais em que pensar? (A MUMIA sente-se papalva).
Para a MUMIA não existe qualquer matriz. Existe apenas uma massa informe e mole que se vai moldando conforme o tempo e o lugar. Avaliando a forma, o peso e a densidade dessa massa, num determinado momento de um território mais ou menos limitado no espaço, temos aquilo a que chamamos civilização. As civilizações nascem, crescem, casam ou ficam solteiras, reproduzem-se ou são estéreis, envelhecem e morrem (algumas morrem jovens ou à nascença, outras abortam, simplesmente).
A nossa civilização começa a dar sinais de envelhecimento.

A MUMIA vai beber um copo e ver televisão.

Sem comentários: